
Cotidianamente se espera um progresso que não tem pressa
Mauá e seus trilhos, outros Basílios e Gumercindos
Boto o pé na estrada, a viola no saco e já vou indo!
É tanta gente trocando a alma pelo “pé de meia”
É tanta gente vivendo apenas a vida alheia
No meu povoado quase nada muda tudo se repete
Campereando as dores nos desalambramos pela internet
Entre serra e várzea a urbe vazia vai nos consumindo
Tiro as pedras da estrada, a mão da cumbuca e já vou indo!
É tanta gente que um dia se cansa e vai embora
É tanta gente levando a saudade pelo mundo afora
Nas mesmas ruas andar contigo lado a lado
Voltar pelo tempo... Meu povoado...
No meu povoado tem sempre um olhar por detrás da cortina
Saboreando a beleza do grande amor e arrotando a rotina
Minhas coordenadas – esquadro, compasso... O saber infindo
Co’as lições da estrada encilho meus passos e já vou indo!
É tanta gente morrendo sem ter o que merecia
É tanta gente sonhando à margem da ousadia.
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