SOB A LUZ DOS LAMPIÕES

Nas noites lá de fora...
Quem sai da lida puxa um banco, ceva um mate
Chorando em versos se despede pro futuro
Vira o vento, um arrepio, um cão que late
(Assombrações vão percorrendo o pampa escuro!)

Nas noites lá de fora...
Tanta paz, tanta fartura, tanto apego
A gente mal termina a bóia e se recolhe
Troteando sonhos – calmaria no aconchego
De relancina um outro tempo nos acolhe!

Assim a vida vem em versos,
Recorridas & andanças
Preparando outras lembranças
Gauderiando os corações...
S
Assim da vida me despeço,
Solitário & errante
Minha infância tão distante
Sob a luz dos lampiões!

Nas noites lá de fora...
Velho Lauro conta causos e anedotas
Revira o fogo e emudece em seus vazios
A lua cheia, o milho assado, a paz que brota
E a geada fere o pasto a sangue-frio!

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