
Vigiando a planta
Não se espera um agrado
Nas bolantas
Quando seca a garganta
Alguém faz um amargo
Nas bolantas
Trabalhando se canta
Conduzindo o arado
Nas bolantas
Sempre antes da janta
Se prepara um carteado
Vem matear companheiro, vou falar de amor
De um amor que partiu lá pro alto da serra
Me deixou tão sozinho, carinhando a terra
Recorrendo marachas, esperando uma flor
Vem matear companheiro, tem um bom chimarrão
Vem comigo prosear, puxa um banco, descansa
Hoje estamos sozinhos semeando esperanças
Que o céu nunca esqueça chuva pra plantação
Nas bolantas
Mal o sol se levanta
E a lavoura já chama
Nas bolantas
A miséria é tanta
Que a gente nem reclama.
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