
Refaz a lembrança de um beijo negado
De alguma esperança que nunca se encerra
Da calma do rancho, do berro do gado!
Quando a garoa acorda o cheiro da terra
Banhando o capim, capinando o banhado
Mapeando a saudade de descer a serra
E plantar no futuro o amor do passado!
Quando a alma das horas maneja o verão
O mormaço separa a garoa e o capim
Esparrama os assombros da recordação
São cismas campeiras debandando de mim...
Nos olhos a gana de voltar ao rancho
Nos ombros o peso do tempo que encerra
Rebenqueando a manada, a dor eu desmancho
Se vai na garoa meu cheiro de terra...
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