REPLANTIO

Quantos ventos num galope – uma seca, uma enchente
Temporal, raio e corisco – vou beber com minha gente
Cultivar tantas lembranças
Ver a dor assim de frente
Belos traços de paisagem
Tantos desenhos na terra
Mais um dia de trabalho
Mais um dia que se encerra

Arrozais, arrozais
Vou sozinho e sem razão
Pelos rios e canais
Mergulhar meu coração

Arrozais, arrozais
Meu lamento – inundação
Deixo tudo assim no mais
Planto a vida na canção!

Quantos ventos num galope – águas claras, tempestade
Chuva forte trovoada – vou beber lá na cidade
Cultivar tantas lembranças
Meu arroio – uma saudade
Belos traços de paisagem
Replantar na estiagem
Se eu colher tudo que espero
Vou casar com quem eu quero.

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