Já revirei ampulhetas no rastro de uma outra vida
Já rabisquei calendários à sombra do que não fomos
Enquanto as noites embalam quem ainda teme a partida
A projetar nostalgia sem refazer velhos rumos!
Já atrasei meus relógios, deixei lembranças à solta
Já me perdi nos horários fazendo igual todo instante
Enquanto as noites não param pra esperar quem não volta
A samambaia murchando, tanta poeira na estante...
Amor não espere que o tempo espere nós dois
O ontem já foi amanhã, toda flor já foi grão
Vamos fugir do destino e inventar um depois
Num trem pro futuro nas linhas da palma da mão!
Já percorri os minutos num coração de criança
Já fiz das fotos antigas o meu espelho secreto
Enquanto as noites se igualam pra quem só vive a esperança
O olhar vestindo a penumbra... (ninguém e nada por perto!)
* Uma das primeiras parcerias minhas com o “Cumpadre Peixoto”, construída em 2003. Ficou bem interessante, certamente ainda será editada e chegará ao público. Ao menos eu espero.
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