Arrasto meu chinelo nas areias do Laranjal
Sem pressa de chegar, sem nada pra fazer, sem ela
Nas batidas do sul, meu ziriguidum e o escambau
Sou parte da cidade (procurando uma costela)
Pelos poros da pele um pouco de amor extra-oficial
Canto na rua, conto as estrelas, acendo uma vela!
Arrasto meu chinelo nas calçadas do Areal
Sem nunca encontrar, sem verso pra rimar com ela
Nas levadas do sul, meu ziriguidum e o escambau
Sou aparte na idade (preto e branco na aquarela)
Pelos pomos da pele um pouco de amor é o ideal
Canto pra lua, contando às estrelas minha novela!
Enquanto canto à toa, na lagoa o ziriguidum
Ninguém rega o reggae, o rock enrola e só jaz o jazz
Não me incomoda, tô fora de moda, sou só mais um
Assim sem mais nem menos, quanto menos assim no mais...
Arrasto meu chinelo muito longe da capital
Sem nunca me encontrar, sem medo de errar, sem ela
Nas cantigas do sul, meu ziriguidum e o escambau
Sou arte na cidade. . .(meu conforto, minha cela)
Pelos pólos da pele um pouco de amor não nos cai mal
Canto na tua, contando em tê-la, guria tão bela!
* Essa letra escrevi especialmente para o Peixoto (Cardo Peixoto) em 2004. Ele musicou e chegou a apresentá-la em seu espetáculo “Batuque sem trégua” no Teatro Sete de Abril.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário