Se o amor perde a hora e já tropeça em seus passos
Deve estar confortável, no calor de outros braços!
Se o amor traz agruras e constrói labirintos
Também traz um banquete pros corações famintos
Sentimento único, intrépido, imortal
Que surge quando a gente menos espera
Feito uma folha solta sob o temporal
Feito um vento brando sobre a primavera.
Se o amor envelhece e se perde no universo
Deve estar renascendo, pois tem sentido inverso!
Se o amor descaminha, maculado em traição
Deve vir renovado, pra merecer o perdão...
Se o amor abre as feridas e acumula dores
Também abre a consciência e refaz os valores
Sentimento ímpar, vivo, absoluto
Que surge assim mesmo... de dentro para fora
Feito a eternidade num só minuto
Feito o depois e o antes chegando agora.
Se o amor adoece em mil lágrimas, imerso
Deve voltar mais forte, em seu propósito inverso!
Se o amor não se aquieta e já recusa o aconchego
Deve andar muito confuso entre partida e apego
Se o amor faz besteiras e comete delitos
Também faz benevolências e estanca conflitos
Sentimento louco, mágico, perfeito
Que surge retratando o porquê da vida
Feito os calores e os odores do leito
Feito a vinda, o cotidiano e a despedida.
Se o amor une opostos e reúne dispersos
Deve existir para sempre em rimas e versos!
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