NA CABECEIRA DA MESA!

Está chegando mais um “Dia dos Pais” (segundo domingo de agosto) e novamente será hora de relembrar o inigualável valor desses ídolos nossos de cada dia. O pai é aquele que sente enjôos terríveis durante a gravidez, tem que carregar o bebê na barriga durante nove longos meses e depois das dores do parto (horríveis, nem é bom lembrar!) ainda tem que amamentar. O pai tem que trocar fraldas, dar “papinha” nas horas certas e estar permanentemente por perto, quase sempre cuidando da cria e da casa ao mesmo tempo. Os pais são legítimos sinônimos de AMOR. Não é à toa que em “coração de pai sempre cabe mais um!” Para ser um pai de família como manda o figurino é fundamental ter conhecimentos de culinária, corte e costura, Kama Sutra, economia doméstica, psicologia grupal e primeiros socorros. Entre outras coisas. Se não tiver o mínimo embasamento nestas áreas o pai vai acabar fatalmente solteiro. Antigamente era muito feio ser “pai solteiro”, praticamente todos eram mal falados, mas hoje em dia isto mudou bastante e têm uns quantos por aí. Claro que esses vivem uma vida bem mais difícil, além de educarem os “rebentos” ainda encontram dificuldades óbvias para conseguir uma nova parceira. Coisas do preconceito. Um dia isto ainda vai mudar. Dizem que “ser pai é padecer no paraíso”, e não dá para negar que os pobres pais sofrem mesmo. Quando alguém vai xingar uma pessoa logo chama ela de “filho do pai!” É uma ofensa muito popular. E se o filho for juiz de futebol então... coitado do papai! Também é bom lembrar que os pais precisam estar sempre vigilantes quanto à alimentação, educação e saúde dos filhos. Isto sem falar nas questões sociais. É desumano o preconceito que é aplicado aos pais. Se um pai de família sai sozinho pela noite já fica todo mundo comentando. Surgem aquelas frases maldosas do tipo: “- Será que ele está divorciado?”, “- Garanto que está caçando mulher!” ou “- Olha só aquele cara, onde será que deixou os filhos?” Como se os pobres pais não pudessem nunca sair para beber com os amigos e curtir um bom bate papo. E nas escolas então, sempre que tem algum problema com algum aluno é o pai que é chamado para resolver. Até parece que é só o pai o responsável pela criança. Um absurdo descabido. Sem contar que a família não tem a mínima paciência com estes verdadeiros super-heróis. Nem “naqueles dias do mês” que todo homem fica mais irritado e sensível por natureza. Bom, na verdade essa crônica não se refere aos pais e sim às mães. Mas que diferença isto faz? Aqueles filhos que conhecem o carinho e a importância da presença de um pai (seja biológico ou não) sabem que ele é tão essencial quanto a mãe. Às vezes até mais. O verdadeiro amor familiar é um universo que não permite distinções, desrespeito e muito menos mágoas. E, afinal, as mães não seriam mães se não houvesse os pais, portanto... Viva os nossos queridos papais! Que o Grande Pai do Céu abençoe todos os pais da Terra e sempre molde seu comportamento junto aos pequeninos (e aos grandinhos também) com sentimentos puramente maternos.


Publicado em 10 de agosto de 2006.

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