
A Pipoca não gostou muito da idéia e viu seu reinado ameaçado. Foi quando descobrimos que a gata além de surda e ninfomaníaca, é também sádica. Ela não esconde o desejo de trucidar o Feijão e avança nele sem dó nem piedade. Ainda mais que ele parecia mesmo ser um rato. O pobre do Feijão, muito jovem ainda, não sabe o que fazer com a tarada da Pipoca. Ela sempre espanca o coitado. Toda vez que abrimos a porta do pátio o Feijão quer entrar e a Pipoca tenta sair. Resumindo, tornou-se um inferno ir até o pátio. É preciso mobilizar no mínimo umas três pessoas para abrir a porta. O gato entra correndo, come a ração da Pipoca e faz todas as travessuras possíveis e imagináveis, dentro de casa, em tempo recorde. A Pipoca, por sua vez, mostra os dentes e torna-se bastante hostil. Um pandemônio!
Mas o Feijão agora está virando um adolescente. Já passeia pelos telhados sozinho e saboreia os ratos da vizinhança. Sai e não avisa que hora vai voltar. É malandro, acho até que já aprendeu a lidar com os pitbulls do meu vizinho Jorge e com os rottweilers da Eliana Lúcio. Não tenta mais invadir a nossa cozinha toda hora, embora a Pipoca ainda insista em sair para o pátio e “baixar a lenha” nele. Sei que o dia em que o Feijão se tornar um adulto de verdade, vai colocar essa bichana mal acostumada no seu devido lugar. O problema é que a Pipoca (como já disse) ainda não foi castrada (estou aceitando doações gente) e me causa um verdadeiro pânico imaginar que o Feijão pode “operar” ela antes do(a) veterinário(a). Se isso acontecer já disse para minhas filhas... Faço as malas e vou morar no canil municipal.
Publicado em 19 de dezembro de 2008.
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