2º EXPOCANTO

CIRANDA DE ESPORAS

(Letra: Sidney Bretanha Música: Miguel Vidal)

G

Vai o cavalo atrás do gado

Espora em flor, rente a virilha

No lombo as marcas de um trançado

No couro a dor, seguindo a trilha!

G

Maneja as rédeas o campeiro

Carrega laço e boleadeira

Vai do seu lado um ovelheiro

Vai entre os dedos a açoiteira!

G

Homem do campo e montaria

Se vão ao trote campo afora

Eternizando a confraria

Que fala a língua das esporas!

G

É sempre a mesma recorrida

Entre crepúsculos e auroras

E lá se vão por toda a vida

Ao som do guizo das esporas!

G

Num trote largo entre a pastagem

Em Sol a pino ou madrugadas

Assim a espora é uma engrenagem

Que movimenta as campereadas!

G

G

G

NEGRA SERAFINA

(Sidney Bretanha)

G

A pele feito tição

Nos olhos a compreensão

Braços e mãos calejadas, uma avó, uma menina

Nos cabelos a geada – vai a negra Serafina!

Com ternura e humildade entre o campo e a cidade...

G

A eterna guria

Nas rugas... sabedoria

Traz consigo a beleza e a força feminina

Ao avesso da tristeza – vai a negra Serafina!

Com seu velho avental entre a cozinha e o quintal

G

Vassoura de chilca e um lenço de chita

Que prenda faceira, que preta bonita

Cuida o fogão, ceva um amargo e faz faxina

Lavando roupa entre as panelas e a capina

Seu coração maior que a pampa nos ensina

Que o tempo passa e segue a lida, Serafina!

(Que o tempo passa e segue linda a Serafina...)

G

A pele feito tição

O amor na palma da mão

Tem as vistas marejadas, tem a alma campesina

No seu colo a criançada – vai a negra Serafina!

Com seu riso nos levanta, mais parece até uma santa...

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