CIRANDA DE ESPORAS
(Letra: Sidney Bretanha Música: Miguel Vidal)
G
Vai o cavalo atrás do gado
Espora em flor, rente a virilha
No lombo as marcas de um trançado
No couro a dor, seguindo a trilha!
G
Maneja as rédeas o campeiro
Carrega laço e boleadeira
Vai do seu lado um ovelheiro
Vai entre os dedos a açoiteira!
G
Homem do campo e montaria
Se vão ao trote campo afora
Eternizando a confraria
Que fala a língua das esporas!
G
É sempre a mesma recorrida
Entre crepúsculos e auroras
E lá se vão por toda a vida
Ao som do guizo das esporas!
G
Num trote largo entre a pastagem
Em Sol a pino ou madrugadas
Assim a espora é uma engrenagem
Que movimenta as campereadas!
G
G
G
NEGRA SERAFINA
(Sidney Bretanha)
G
A pele feito tição
Nos olhos a compreensão
Braços e mãos calejadas, uma avó, uma menina
Nos cabelos a geada – vai a negra Serafina!
Com ternura e humildade entre o campo e a cidade...
G
A eterna guria
Nas rugas... sabedoria
Traz consigo a beleza e a força feminina
Ao avesso da tristeza – vai a negra Serafina!
Com seu velho avental entre a cozinha e o quintal
G
Vassoura de chilca e um lenço de chita
Que prenda faceira, que preta bonita
Cuida o fogão, ceva um amargo e faz faxina
Lavando roupa entre as panelas e a capina
Seu coração maior que a pampa nos ensina
Que o tempo passa e segue a lida, Serafina!
(Que o tempo passa e segue linda a Serafina...)
G
A pele feito tição
O amor na palma da mão
Tem as vistas marejadas, tem a alma campesina
No seu colo a criançada – vai a negra Serafina!
Com seu riso nos levanta, mais parece até uma santa...
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