POR ANKH (Uma Cruz para carregar)

Muitas pessoas me perguntam, diariamente, qual o significado daquele negócio no lugar da letra “T” na palavra Bretanha (cabeçalho desse blog), deixo então, Por Aqui, algumas explicações e curiosidades para quem desconhece. O referido símbolo chama-se “Ankh”, sendo também conhecido por Cruz Ansata e era na escrita hieroglífica egípcia o símbolo da vida. Os egípcios a usavam para indicar a vida após a morte. Há muitas especulações sobre o surgimento e sobre o significado do Ankh, mas ao que tudo indica, surgiu na Quinta Dinastia.
Quanto ao seu significado, existem várias teorias. Algumas pessoas veem o Ankh como símbolo da fertilidade, representando um útero
. A alça oval que compõe o Ankh sugere um cordão entrelaçado com as duas pontas opostas que remetem aos princípios feminino e masculino, fundamentais para a criação da vida. O símbolo costuma ser utilizado por bruxos contemporâneos em rituais que envolvem saúde, fertilidade e divinação; ou como um amuleto protetor de quem o carrega. Assim a o Ankh também foi incluído na simbologia da Ordem Rosa-Cruz, representando a união entre o reino do céu e a terra; e encontra-se como uma alusão ao nascente-poente do Sol, simbolizando novamente o ciclo vital da natureza. Numa outra interpretação, também representa o “laço da sandália do peregrino”, ou seja, aquele que quer caminhar, aprender e evoluir.
A Cruz Ansata ainda está presente em personagens e personalidades do mundo, como por exemplo, na aura envolvente do herói místico Dr. Fate (o Senhor Destino conforme a versão brasileira), personagem da Liga da Justiça (DC Comics); nos brincos da personagem Feiticeira Escarlate (MARVEL Comics) que pode ser conferida na versão em desenho animado “X-men evolutions” (ambos pelo SBT) e na maquiagem do ex-guitarrista do grupo Kiss, Vinnie Vincent (na foto).
No final do século XIX
, o Ankh foi agregado pelos movimentos ocultistas que se propagavam, além de alguns grupos esotéricos e as tribos hippies do final da década de 60. O Ankh popularizou-se no Brasil no início dos anos 70, quando Raul Seixas e Paulo Coelho (entre outros) criaram a Sociedade Alternativa. O selo dessa sociedade possuía um Ankh adaptado com dois degraus na haste inferior, simbolizando os "Degraus da Iniciação", ou a chave que abre todas as portas.
Muito bem, não precisam aplaudir, não sou tão conhecedor assim da história do Ankh, é óbvio que apelei para enciclopédias, livros esotéricos, histórias em quadrinhos, revistas de misticismo e, o mais importante de todos esses meios de informação até então, o Google. Espero ter sanado algumas das dúvidas e aproveito para deixar bem claro que não sou um bruxo (eu acho), o “meu” Ankh é apenas uma forma de procurar proteção e retratar a nossa permanente busca por uma vida nova e mais próspera.

Publicado em 16 de dezembro de 2008.

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