Foi tudo muito de repente. Quando percebi lá estava eu, nu bem no meio de uma sala estranha e cheia de objetos esquisitos. Muitas pessoas ao meu redor, todas usando máscaras e vestidas com roupas largas e da mesma cor. O único pelado, naquele momento, era eu. Bem na minha frente um homem enorme fixava os olhos em mim e se aproximava lentamente. Percebi que sob as máscaras, algumas daquelas pessoas desconhecidas estavam rindo. Talvez debochando de minha nudez desajeitada ou divertindo-se com o que aconteceria comigo naquela noite. O grandalhão me agarrou com firmeza, me puxou para perto dele e não tive nem chance de resistir. O sujeito era muito maior e mais forte do que eu. Olhou meu corpo por inteiro e fez alguns gestos para os outros mascarados. Eu não conseguia entender nada do que eles diziam, apenas pude perceber que o lugar estava frio demais. A baixa temperatura me fazia tremer e me deixava ainda mais apavorado. Também havia várias luzes, muito intensas, no teto da sala, que atrapalhavam minha visão, tornando ainda mais difícil compreender o que eles fariam comigo naquele local. Eu estava até tentando esboçar alguma reação, quando senti o homem grande bater forte nas minhas nádegas com a palma da mão. A mão dele era gigantesca. Enquanto os mascarados riam, comecei finalmente a chorar. Talvez pela humilhação daquela cena, talvez pela dor da pancada que ele me deu ou sei lá por que. Creio que por misericórdia, uma mulher gorda se aproximou e cobriu meu corpo com uma toalha. Depois me apertaram bastante e eu não conseguia identificar mais o que estava sentido. Era como se eu estivesse dopado. Sob efeito de algum alucinógeno poderoso. Meus sentidos estavam confusos, meu corpo doía muito e eu ainda podia sentir um cheiro de sangue no ar. Assustado, com o corpo enrolado apenas numa toalha, senti quando me deitaram num lugar confortável. Foi nesse exato momento que enfiaram algo grande na minha boca. Eu me senti sendo violado e tentei resistir, mas era inútil. Eles eram muitos e eu estava muito fraco naquele momento. Então, sem alternativas, chupei aquela coisa. Chupei bastante e com força. Os mascarados riam muito, então apertei bem os olhos e não parei mais de chupar. Chupei até sentir um gosto de leite descer em minha garganta. Escorrendo sobre a língua, saltando da boca, saciando meus, até então desconhecidos, desejos. Foi maravilhoso, o primeiro grande prazer que senti na vida... Logo ao nascer, quando minha mãe me amamentou.
Publicado em 10 de abril de 2009.
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