A última segunda-feira (Dia da Independência) causou pânico na comunidade, uma vez que o temporal deixou grandes estragos na Terra de Mauá. O que para alguns se chama “El Niño” e, para outros, Temporal de Santa Rosa, castigou com extrema violência a região sul e não poupou Arroio Grande de suas marcas de devastação. Os prejuízos do mau tempo ainda serão assunto nas rodas de mate por um bom tempo, contudo acredito que nada deixou a população tão insegura quanto a falta de energia elétrica, que estendeu-se Por Aqui até o princípio da noite. Como afirma o velho ditado: “água e luz a gente só dá valor quando falta!”. Mas imaginem por alguns instantes como seria a vida sem luz elétrica. Ninguém mais usaria o caixa eletrônico (que muitas vezes mais nos estressa do que nos auxilia, além de pagarmos pelo serviço), ninguém mais navegaria na internet (seria o fim das redes de pedofilia, dos golpes virtuais, dos prejuízos às relações humanas causados pela rede e também da conta no fim do mês, é óbvio). Ninguém mais assistiria TV (consequentemente, não haveria novelas, nem enlatados americanos, nem BBB, nem programas de sertanejo e forró, nem propagandas de disk sexo durante os desenhos infantis, nem Silvio Santos, nem Zorra Total... é, nesse caso não seria nada mal MESMO). Não haveria cartão de crédito para pagar nem TV por assinatura nem baile funk nem metrô nem óbitos por choque elétrico nem aspirador de pó passeando pela sala nos dias de ressaca. O caso é que, infelizmente, também não haveria CD, DVD, barbeador elétrico, rabo quente (para aquecer a água do chimarrão), semáforos para controlar o trânsito, guitarra elétrica, cerveja gelada no verão (pobres homens), chapinha para alisar os cabelos (pobres mulheres), micro-ondas, banho quente, etc. Cabe considerar ainda que na falta de eletricidade também falta água nas residências. Evidente que sem energia elétrica haveria muito mais perdas do que as citadas neste texto, no entanto a intenção é apenas estimular a imaginação de cada um e comprovar o quanto todos nós vamos nos tornando mais dependentes da “luz” ao longo dos anos. Fico Por Aqui, desejando que Deus nos livre dos El Niños e dos Blackouts de hoje em diante, e convidando a todos para lerem neste espaço, na próxima semana, a coluna intitulada “O diálogo do militante fanático com o torcedor surdo na fila do caixa eletrônico”. Grande abraço!
Publicado em 11 de setembro de 2009.
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